O projeto é a primeira vez que a humanidade testou um sistema de defesa de asteroides planetário.
A NASA comemorou o sucesso do primeiro teste da humanidade de um sistema de defesa planetário: a colisão de uma espaçonave em um asteroide para mudar a sua órbita. A espaçonave Double Asteroid Redirection Test da NASA, ou DART, foi intencionalmente colidida com o asteroide Dimorphos às 19h14, horário do leste dos EUA, no dia 26 de setembro, significando o fim de uma missão bem-sucedida de 10 meses.
Uma pequena câmera instalada na DART transmitiu ao vivo para os controladores no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins (EUA) o avanço contínuo da espaçonave em direção ao asteroide de 160 metros de largura, localizado a cerca de 10 milhões de quilómetros da Terra. A equipa aplaudiu enquanto Dimorphos se aproximava cada vez mais, até que a transmissão foi interrompida em decorrência do impacto com o asteroide.
O ataque foi “praticamente um tiro certeiro”, disse a engenheira de sistemas de missão, Elena Adams. Pode assistir à transmissão ao vivo para ver o momento exato em que a DART atingiu Dimorphos. E para uma noção de escala, em 2021, a primeira colisão foi descrita por Tom Statler, cientista do programa DART, como um carrinho de golfe viajando a 24.140,2 km/ colidindo com a lateral de um estádio de futebol.
A missão, lançada em novembro de 2021, demonstra uma maneira de a humanidade se proteger dos asteroides. Embora o próprio Dimorphos não estivesse a caminho de colidir com a Terra, o projeto demonstra a capacidade da NASA de desviar asteroides semelhantes no futuro.
Os investigadores acreditam que a colisão pode ter encurtado a órbita de Dimorphos em cerca de 10 minutos, o que é suficiente para fazer uma diferença significativa no caminho que um asteroide percorre. O atual administrador da NASA, Bill Nelson, chamou a missão de “sucesso sem precedentes para a defesa planetária”.
O próximo passo é estudar o asteroide usando telescópios na Terra para confirmar se o impacto da DART alterou sua órbita em torno de um asteroide maior chamado Didymos.
MIT Technology Review